Demorei um pouco em entender que não deveríamos usar terminologias estatísticas nas conversas com nossos clientes, sob o risco de não sermos compreendidos. E a principal aprendizagem foi com o controverso termo “Erro“, relativo aos modelos preditivos.
O “Erro” em um ambiente empresarial é uma palavra non grata e é evitada a todo custo. Em sua substituição é utilizada seu antônimo “Assertividade”, que é o mesmo, mas não é igual… É usual ver em reuniões análises de “diminuição da assertividade”, mas nunca análises de “aumento do Erro”. Mas enfim, 98% de assertividade não são 2% de erro? Não…
é do Erro que aprendemos…
Já os estatísticos aprendem que o Erro do modelo não significa que o modelo está errado! Todo modelo tem erro no nosso mundo aleatório. Mas é do Erro que aprendemos, ele é nossa maior fonte de entendimento na seleção das variáveis e dos próprios modelos e na medição das incertezas.
Um sábio ditado popular fala que uma pessoa inteligente não é aquela que não comete erro e sim aquela que aprende dos erros – isso na sua essência eu o chamo de Algoritmo de Otimização Antropológico e seria a peça chave de nossa evolução como raça humana. É o mesmo mecanismo utilizado nos algoritmos adaptativos dos métodos analíticos para garantir a aprendizagem – aprender do erro para diminuir o erro.
A MURABEI desenvolveu um serviço de Data Science as a Service, onde em muitos casos a precificação está associada com a assertividade dos modelos: (-)Erro → (+)Valor. Mas, o mais importante é que usamos o Erro como o principal indicador na diagnose dos fenômenos que estudamos. O que significa que no fundo estamos, de certa maneira ,”vendendo Erro” – e que não me escutem os meus clientes!…